ANCESTRALIDADE - TVR USM

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ANCESTRALIDADE


Quando você tem um filho ou uma filha, você [pai e mãe] precisa antes de tudo pensar que, mais que ter feito emergir um descendente, você é agora um ancestral. Você é um ancestral para seu filho ou filha e deve pensar que ancestralidade é coisa muito séria. A vida dele dependerá e será regida pelas memórias que produzir; você será um imortal por meio dele e ele ou ela será afetado direta ou indiretamente por todas as suas atitudes. 
Um ancestral é memória existencial infinita. Esta memória não se dissipa por meio do querer; ela existe autonomamente. Ela age sobre as nossas vidas. Nossos filhos são afetados por nossas escolhas porque lhe somos um ancestral. Não há vida eterna, mas há existência eterna e há memórias existências e há energia existencial atuando sobre a vida daqueles que nos presentearam com a possibilidade de sermos ancestrais. 
Do dia em que nascemos até o dia em que deixamos de viver em um corpo, estamos produzindo memórias e afetando os nossos filhos por meio destas memórias existenciais. 
E elas continuam mesmo depois do nosso retorno à massa primordial. Na sociedade binária, talvez, isso faça pouco sentido. Mas se somos memórias e se memória é energia, como dizer que esta energia de nada vale e que ela não afetará seus filhos. 
Não precisa observar muito, não requer muito esforço, apenas observe o quanto foi afetado por seus pais, por seus avós e por todo o seu passado. Sem fazer juízo de valor. Apenas observe. Isso é dar atenção à ancestralidade.

FONTE: Babalorisá Sidnei Barreto Nogueira

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