FAMÍLIARES DE VÍTIMAS QUEREM QUE SEPULTAMENTO SEJA NO MARANHÃO - TVR USM

Breaking News

FAMÍLIARES DE VÍTIMAS QUEREM QUE SEPULTAMENTO SEJA NO MARANHÃO

Magna Cristina perdeu irmão, cunhada e sobrinho na tragédia na Muzema

Magna Cristina perdeu irmão, cunhada e sobrinho na tragédia na Muzema Foto: Fábio Guimarães / Agência O Globo


"A família está destruída. Ele era tudo para a nossa mãe, um pai amoroso, trabalhador, um homem honesto e justo". Assim Magna Cristina Souza definiu a personalidade do irmão Hiltonberto Rodrigues de Souza, morto no desabamento de dois prédios no Morro da Muzema, na Zona Oeste, que aconteceu na manhã desta sexta-feira. Até o momento, segundo o Corpo de Bombeiros, a tragédia deixou sete mortos e dez feridos. Mas ainda há 17 pessoas desaparecidas.

Também morreram no desastre a esposa de Hiltonberto, Maria Nazaré, e seu filho, Hilton Guilherme Sodré, de 12 anos. Os familiares estão no Instituto Médico Legal (IML) aguardando chegar o corpo do adolescente Hilton Guilherme. Ele chegou com vida no Hospital Miguel Couto, na Zona Sul, mas não sobreviveu. Todos eram do estado do Maranhão. O desejo dos parentes é levar as três vítimas para fazer o sepultamento lá.

— É no Maranhão que vive a maior parte da família, vai ser muito sofrido conseguir trazer alguém para o Rio de Janeiro, por isso a gente tá fazendo esse apelo — desabafou Magna.
A Prefeitura do Rio disse que está dando assistência à familia e intermediando essa questão do traslado. Em nota, informou que "o município já está em contato com as famílias da Muzema, prestando atendimento para que todos os serviços cemiteriais sejam feitos de forma gratuita pela prefeitura."
Magna contou que Hiltonberto trabalhou muito para conseguir o imóvel. A irmã de Hiltonberto quase não conseguiu reconhecer o corpo:
— Eu não queria aceitar que isso tinha acontecido. Ele juntou dinheiro para comprar esse apartamento, que deve ser feito de areia pra cair assim.
— É no Maranhão que vive a maior parte da família, vai ser muito sofrido conseguir trazer alguém para o Rio de Janeiro, por isso a gente tá fazendo esse apelo — desabafou Magna.
A Prefeitura do Rio disse que está dando assistência à familia e intermediando essa questão do traslado. Em nota, informou que "o município já está em contato com as famílias da Muzema, prestando atendimento para que todos os serviços cemiteriais sejam feitos de forma gratuita pela prefeitura."
Magna contou que Hiltonberto trabalhou muito para conseguir o imóvel. A irmã de Hiltonberto quase não conseguiu reconhecer o corpo:
— Eu não queria aceitar que isso tinha acontecido. Ele juntou dinheiro para comprar esse apartamento, que deve ser feito de areia pra cair assim.
Ela definiu a cunhada, Maria Nazaré, como uma pessoa calma, gente boa e alegre, e falou do seu sobrinho, Hilton Guilherme:
— Ele era brincalhão, feliz, dizia que queria se engenheiro mecânico, se inspirou no pai que trabalhava em oficina.
Magna, que é enfermeira, conversava com o irmão por mensagens de celular. A última vez foi na noite anterior ao desabamento.
— Falei com ele antes de dormir e acordei com alguém me dizendo que o prédio tinha caído — lembra.
O casal Hiltonberto e Maria Nazaré tinha mais uma filha, Isabely, que sobreviveu ao desabamento e está bem.
— Ela ainda não sabe da morte dos pais. Dissemos que eles foram comprar chocolate pra ela — contou Magna.
FONTE : extra.globo

Nenhum comentário