QUAL A REPRESENTAÇÃO DE "OFERECER COMIDA" AOS ORIXÁS?

“Dar comida” aos Orixás é um momento que produz harmonia e comunhão e que provoca um elo de ligação entre ambos. O dinamismo e a força do Candomblé estão em torno das oferendas e dos alimentos.
Este momento é uma forma de restituir às divindades e à terra uma parte do que elas nos fornecem.
No momento da distribuição e da consagração dos alimentos é feito um intercâmbio entre os Orixás e o Egbé.
O alimento faz parte do Axé de uma casa!
(É importante um pequeno esclarecimento aos nossos leitores sobre o termo “dar comida ao Orixá”.
As divindades não têm a mesma acepção que o ser humano no que diz respeito aos alimentos. Orixá não come, ele recebe somente a essência, o perfume! Para ele, a apresentação dos alimentos também é importante, por isso estes não precisam permanecer muito tempo, para não estragar perto de seus Igbás.
Após retirada, a comida é entregue à natureza, às águas ou à terra, que vão então reintegrá-la ao seu elemento, fazendo uma renovação, dando vida a novos alimentos.)
Para que se consiga a consagração dos alimentos é preciso saber fazer a perfeita combinação e a mais correta manipulação dos elementos participantes da sua confecção.
É a partir desta junção que eles serão transmissores e condutores de axé. Esta combinação tem características peculiares.
Cada alimento tem formas, cores, aromas e sabores próprios, que irão ativar ou trazer calmaria, dependendo de como e para quem serão preparados e ofertados.
Tudo que oferecemos aos Orixás tem caráter de troca, de agradecimento ou de pagamento de algo alcançado.
Nossas oferendas servem ainda como prevenção contra problemas futuros, ajudando a minimizar sofrimentos ou desilusões ou trazendo energia e força para nossa lida diária!
FONTE : TVR USM
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