Essa é a primeira vez que uma igreja é atacada em Burkina Fasso desde que os ataques jihadistas começaram a ser realizados no país no início de 2015
nenhum grupo reivindicou o ataque até o momento
Pelo menos seis pessoas morreram em um ataque realizado por um grupo de homens armados contra uma igreja da cidade de Silgadji, no norte de Burkina Fasso, informaram fontes de segurança nesta segunda-feira (29).
A ação, realizada no domingo, aconteceu pouco depois da celebração dominical da manhã, quando indivíduos armados invadiram a igreja protestante e abriram fogo contra as pessoas. O pastor, um religioso e quatro fiéis morreram, de acordo o portal local "Infowakat".
Embora o ataque ainda não tenha sido reivindicado, a consultoria de riscos "Menastream" afirmou que os responsáveis podem ser militantes do Grupo de Apoio ao Islã e aos Muçulmanos ou do Daesh no Grande Saara, dois grupos que operam na região.
Essa é a primeira vez que uma igreja é atacada em Burkina Fasso desde que os ataques jihadistas começaram a ser realizados no país no início de 2015.
Em 17 de março, o padre de Fada N'Gourma, cidade da região leste, foi sequestrado depois de uma missa realizada em Bottogui, no norte, e foi achado morto em 27 de abril, em um povoado de Essakane, a 180 quilômetros de onde foi levado.
Nos últimos dias foram registrados vários ataques, que também poderiam ter relação com o crescimento da influência dos grupos jihadistas no país. Entre as ações estão o assassinato de professores e ataques incendiários a escolas e restaurantes.
Há exatamente uma semana, uma série de bombardeios deixou mais de 200 mortos e 500 feridos no Sri Lanka. Os atentados tiveram hotéis e igrejas como alvos principais e os investigadores apontam que os terroristas agiram por motivos religiosos. No país, 70,2% da população é formada por budistas. Outros 12,6% são hindus e 9,7% são muçulmanos. Os cristãos representam pouco mais de 7% da população e a organização Open Doors, que acompanha a situação de cristãos perseguidos pelo mundo, classifica o Sri Lanka como o 46º pior país para ser cristão em uma lista de 50

O ranking anual da Open Doors analisa os países de acordo com a perseguição sofrida pelos cristãos em cinco campos da vida: vida em família, vida privada, vida em comunidade, vida em esfera nacional e vida na igreja. Incidentes de violência contra cristãos também entram no levantamento
Na lista de 2019, o 10º entre os 50 piores países para ser cristão é a Índia — onde os cristãos são alvos de nacionalistas religiosos. De acordo com a Open Doors, “a visão dos nacionalistas é de que ser indiano é ser hindu. Desta forma, qualquer outro tipo de fé — incluindo o cristianismo — é vista como não-indiana”
O 9º lugar no levantamento da Open Doors é ocupado pelo Irã. No país, os cristãos sofrem opressão dos islamistas e são proibidos de compartilhar sua fé com não-cristãos. Nas igrejas, missas e cultos em persa — a língua oficial iraniana — são proibidos e os direitos e possibilidades profissionais para cristãos são muito restritos
Há quase quatro anos em guerra civil, o Iêmen é o 8º pior país do mundo para ser cristão, de acordo com o levantamento da Open Doors. Há alguns milhares de cristãos no país de 29 milhões de habitantes. O caos gerado pelo conflito permitiu que islamistas radicais tomassem o controle de muitas regiões iemenitas, e os grupos extremistas aumentaram sua pressão contra os cristãos
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