LAÍLA DIZ QUE NÃO ASSUME SOZINHO RESPONSABILIDADE POR REBAIXAMENTO DA ILHA - TVR USM

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LAÍLA DIZ QUE NÃO ASSUME SOZINHO RESPONSABILIDADE POR REBAIXAMENTO DA ILHA

Laíla durante o desfile da Ilha: escola teve problemas e foi rebaixada

Diretor da comissão de carnaval da União da Ilha, Laíla diz que não assume sozinho a responsabilidade pelo rebaixamento da escola para a Série A, porque segundo ele a montagem do desfile foi resultado de um trabalho desenvolvido em comum acordo com todos os integrantes. Entretanto, Cahê Rodrigues, que é membro da comissão, disse logo depois da apuração que os jurados não aceitaram de forma positiva a ideia de enredo nem a plástica sugerida por Laíla, um dos maiores campeões da Sapucaí, e isso resultou na queda para o acesso.
A Ilha enfrentou problemas por conta de um dos carros alegóricos com motor quebrado, que teve que ser empurrado, gerando um buraco no desfile e dificultando a evolução. A escola estourou o tempo na Avenida e foi punida com a perda de um décimo, antes mesmo de serem aberto os envelopes com as notas dos julgadores.No fim, a agremiação somou 264,2 pontos e ficou com a última colocação
— O projeto foi feito por eles (comissão). Não tive interferência nenhuma. Passei o enredo da maneira como era. Foi decidido coletivamente. Não procede essa conversa de que eu decidi tudo. É uma coisa que ele (Cahê Rodrigues) foi muito infeliz. Ele deu uma declaração na avenida transferindo a responsabilidade de uma coisa de que até um mês atrás ele era feliz, enchia a minha bola na quadra e dizia que era a maior felicidade trabalhar comigo — disse Laíla.
O diretor da comissão de carnaval contou que quando foi convidado pela escola colocou como condição que Fran Sérgio, outro membro da comissão, fosse com ele, o que foi prontamente aceito. Cahê, segundo ele foi uma indicação da presidência da agremiação, mas também foi bem recebido por todos. Porém, ele disse que o novo integrante tentou emplacar uma outra ideia de enredo, que foi reprovada
— Eu falei não. Já está fechado. Pegaram projeto para fazer e eu marquei o dia para a reunião. Os garotos levaram os figurinos. O Cahê não apresentou nada e o Fran apresentou o projeto todo desenhado. Sentamos na mesa e todos nós aceitamos o projeto. Esse projeto muito bonito e até elogiado pelo Cahê. E assumi em nome de todos. E agora ele joga para cima de mim que o projeto foi todo meu. Ele está errado. Não foi fiel. Não me meti em nada. No samba-enredo todos nós chegamos à conclusão que era o que estava no contexto do enredo. Tenho documento assinado por todos — se defendeu.
Laíla diz que o seu futuro na escola só será definido depois de falar com o presidente Djalma Falcão. Mas essa conversa, segundo ele. ainda não tem data para acontecer por causa de problemas de saúde do dirigente. Segundo o diretor não há brigas nem disputa interna na comissão de carnaval da Ilha. Porém, disse ter se surpreendido com a declaração de um dos integrantes.
— Não entendi a mudança dele (Cahê). Será que é uma ânsia de ficar sozinho na Ilha? Que fique com Deus! Mas nunca houve briga ou porradaria. Não havia guerra nenhuma entre ninguém. Esse rapaz depois de um determinado tempo mudou. Eu ainda perguntei o que estava acontecendo e ele respondeu que nada. E depois vem dar uma declaração dessa, que não é verdadeira. Não tive ingerência nenhuma. Deixei que todos criassem e eu simplesmente apoiei. Não tomei decisão nenhuma no carnaval sem o aval de nenhum deles.
Laíla contou que quanto foi para a escola conversou para o presidente e todos sabiam que a Ilha estava na zona de risco. Ele disse que tentou trabalhar para reverter essa situação, mas reconhece que a agremiação não tinha condições financeiras de fazer um carnaval faraônico.
— Buscamos um caminho mais simples. Não fui feliz e isso é outra história. Mas não vale jogar todos os erros possíveis que tenham existido para cima de mim, porque eu trabalhei insistentemente. Não tenho culpa de uma série de problemas e se tivesse assumiria. Eu não deixo ninguém mal.
Ouvido novamente nesta quinta-feira, Cahê Rodrigues contemporizou, mas reafirmou o que havia dito antes. Ele disse que o fato de discordar do projeto e de ter dito que os jurados não o interpretaram de forma positiva não desmerece a figura nem a importância de Laíla, de quem afirmou ter um profundo respeito, dentro do carnaval. Reconheceu que tentou emplacar uma outra ideia de enredo, mas como foi voto vencido, resolveu acatar as decisões da comissão em favor do bom convívio. Assim, como Laíla, Cahê nega que haja disputa interna na comissão.
— O fato de eu ter dado uma declaração falando que não concordava com o projeto e que os jurados não interpretaram de forma positiva não significa que eu tenha desrespeitado ele (Laíla) como diretor de carnaval e como homem que é para o samba. Pelo contrário, tenho uma profunda admiração por ele. Foi um prazer e um aprendizado muito grande ter trabalhado com ele. Mas, de fato, desde o início eu fui contra essa ideia. Eu nunca gostei dessa proposta do enredo e cheguei a expressar isso algumas vezes dentro da comissão de carnaval e até ao presidente (da escola). Só que como fazia parte de uma comissão de carnaval, entendia o tempo todo que tudo era discutido dentro de uma comissão e que possivelmente quando fosse voto vencido teria de respeitar a opinião de todos. E assim foi feito. Minhas ideias não foram aprovadas num primeiro momento, mas para o bom convívio de todo eu precisei recuar e atender os pedidos e decisões tomadas por ele, que era o chefe da equipe.
A escola desfilou com o enredo "Nas encruzilhadas da vida, entre becos, ruas e vielas, a sorte está lançada: salve-se quem puder", sobre os desafios na vida de pessoas que nascem em comunidades.

FONTE : Extra

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