RIO FAZ CORTEJO EM HOMENAGEM AI DIA DE IEMANJÁ - TVR USM

Breaking News

RIO FAZ CORTEJO EM HOMENAGEM AI DIA DE IEMANJÁ

Devotos percorrem ruas do Centro da cidade para um cortejo em homenagem à mãe das águas salgadas.



Neste domingo (2), é celebrado o Dia de Iemanjá, o orixá que é a Rainha do Mar. No Rio, devotos se reúnem para um cortejo em homenagem à mãe das águas salgadas.




Vestido de branco e azul, o grupo saiu da Associação Cultural e Recreativa Afoxé Filhos de Gandhi, no Centro, vai até o Cais do Valongo, e depois segue até o Píer Mauá, na Zona Portuária da cidade.

Segundo Carlos Alberto Kroff, presidente do Filhos de Gandhi, a data é muito aguardada pelos devotos de religiões de matriz africana.



“O Rio de Janeiro clama por esse dia chegar, para que possamos levar o nosso presente à deusa do mar, a senhora de nossas cabeças, aquela que nos cuida, nos zela e nos defende. E nos dá, no nosso dia a dia, o prazer de ser filho de Iemanjá”, diz Carlos Alberto.

Ainda segundo ele, o Cais do Valongo é um marco histórico da cidade.

“Saímos com o nosso presidente da nossa quadra. No dirigimos ao Cais do Valongo aonde nossos ancestrais aportaram pela primeira vez e que sem eles não teríamos o candomblé e os nossos orixás. E fazemos essa apresentação do nosso presidente para os nossos ancestrais e pedimos a permissão para levar o presente para as águas profundas para ser entregue à nossa mãe das cabeças.”


Patrimônio Cultural de Salvador
No sábado (1º), a tradicional Festa de Iemanjá foi reconhecida como Patrimônio Cultural de Salvador, durante ato solene realizado na Colônia de Pescadores do bairro do Rio Vermelho.

Festa de Iemanjá
O cortejo realizado no meio do mar do Rio Vermelho, com várias embarcações, para a entrega dos presentes a Iemanjá, vem sendo promovido pelos pescadores de Salvador desde a década de 1920.

Segundo historiadores, a festa começou em 1923 e era chamada de "Presente da Mãe d'Água". A tradição partiu de 25 pescadores que resolveram oferecer presentes para a "Mãe das Águas", na expectativa de que ela pudesse resolver o problema de escassez de peixes.

A tradição foi crescendo e, na década de 1950, foi oficializada como a "Festa de Iemanjá". Desde então, todos os anos fiéis pedem à orixá fartura de peixes e mar tranquilo. A celebração é uma das principais manifestações com origem nas religiões de matrizes africanas em Salvador.

Dentre as superstições que envolvem as homenagens, está a receptividade dos presentes. Reza a lenda que, caso o presente seja encontrado na beira da praia, é porque a divindade não gostou da oferta.

Se a oferenda desaparecer no mar, é sinal de que o presente foi aceito. Nos últimos anos, são realizadas campanhas de conscientização para que as pessoas adotem presentes sustentáveis, como uma forma também de preservar o meio ambiente. Uma sugestão é oferecer flores 100% naturais.


FONTE : G1Globonews

Nenhum comentário