LUIZ ALVARO SOARES- PAI LUIZ D’JAGUN, NASCEU NO RJ (24/02/1947), FALECEU NO RJ (19/02/1997)

Babá Luiz d’Jagun ou Doté Luiz d’Jagun como era religiosamente conhecido, nasceu em família católica e recebeu todos os sacramentos daquela religião. Devoto de São Bento, Babá Luiz costumava desde muito jovem ter visões e sonhos reveladores, o que seria um prenúncio de uma mediunidade, ainda muito jovem, Luiz muito doente e não encontrando reposta na medicina, foi levado a Umbanda e pode encontrar alívio. Em pouco tempo, seus guias espirituais se manifestavam e logo se viu impelido a abrir seu próprio terreiro de umbanda, que rapidamente, cresceu em números de fiéis.
Mas não seria na Umbanda que babá Luiz deveria seguir sua trajetória. Seu Orixá exigia mais, Omolú queria ser feito, Oxum e Oxoguian não abriam mão da existência de serem cultuados pelo jovem espírita. Pai Luiz recebeu grande ajuda, apoio incondicional de Jorge de Iyemanjá e Hilbert de Azowany na época, seus tios e os dois maiores amigos, mais foi com Babalorixá Zezinho da boa viagem que o Orixá de Luiz depositou toda confiança para que ele fosse iniciado, e assim na noite de 18 de maio de 1974 , Jagun- O grande guerreiro do branco- anunciou anunciou o seu nome em uma festa pública.
A trajetória de babá Luiz foi meteórica. Da pequena casa na rua Coimbra na Penha, onde iniciou o seu primeiro barco de yawos, transferiu-se para um grande sítio em santíssimo ao qual deu o nome de Ilê de São Bento, onde iniciou mais de 670 filhos, contando sempre com a ajuda de seu grande amigo Jorge de Iyemanjá também conhecido como baby de Iyemanjá, também pode contar com o apoio de seus irmãos mais apegados como Doté Antônio de Amatalina, Doté Flavio de Obaluaiê, Babalorixá Oyá Gidê, e Babalorixá Marco d’Oyá.
Pai Luiz se destacou muito como escritor, radialista e jornalista que atuava em seu programa radiofônico “Despertar do Candomblé” estabelecendo recordes de audiência. Anualmente pai Luiz produzia um evento denominado “Os melhores do candomblé” no qual homenageava os grandes nome da religião de matriz africana além de promover a união tão ansiada por todos, que nessa oportunidade conseguia lotar grandes casas de espetáculo no Rio de Janeiro-RJ como o Scalla e Imperator, seu nome virou enredo de escola se samba, segundo com q vitória da escola.

No dia 11 de julho de 1995 Doté Luiz foi convidado pelo governo federal, na época então o primeiro ano da gestão do governo FHC (Fernandinho Henrique Cardoso), a imobilizar a sua voz no MIS (Museu da Imagem do Som).
Quando completou 21 anos de iniciação fez uma grande festa que até hoje muitos lembram e falam que foi uma saia maiores festas da história do candomblé da capital Fluminense RJ, reunindo mais de 2.000 pessoas que super lotaram as dependências do Ilê de São Bento, grande quantidade de pessoas causando um verdadeiro caos no trânsito da Av. Brasil uma das principais avenidas da cidade do RJ.

No dia 19 de fevereiro de 1997 babá Luiz veio a falecer vítima de uma embolia pulmonar. Sua morte inesperada foi uma verdadeira catástrofe que provocou uma grande comoção entre os adeptos das religiões de matriz africana, seu funeral foi acompanhado por muitas centenas de pessoas, que em carretas seguiram o corpo desde o terceiro do santíssimo até o cemitério do caju no RJ. Sua última vontade era que o Ilê axé de São Bento fosse doado a uma unidade filantrópica a virar a um hospital ou um leprosário.
Babá Luiz deixou uma grande lacuna, pois poucos são aqueles que como ele congregam nua grande diversidade de atividades um único objetivo: O engrandecimento e a divulgação do candomblé.
FONTE:
Candomblé Avante Bahia
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