HOJE ME PERGUNTARAM SOBRE AS CONVIVÊNCIAS E MANIAS TÓXICAS E DEPENDENTES QUE O SER HUMANO TEM.

Vou tentar passar a minha visão sobre.
O que ao meu ver é uma relação doentia?
Relação doentia é quando a pessoa não se valoriza, se despreza se acha inferior, não consegue equacionar o quanto de prejuízo uma amizade ou um relacionamento possa estar causando dentro da sua essência e existência individual.
As pessoas esquecem que antes de se darem e se doarem a alguém, elas precisam primeiro se pertencerem a elas mesmas.
Ao invés de trazer felicidade, este tipo de situação doentia só trás aborrecimentos, tristezas.
Relacionamentos doentios acontecem em amizades, relações familiares, relações amorosas, onde o objetivo maior não é manter uma ligação saudável para ambos e sim uma auto-destruição de tudo inclusive, do sentimento.
Relacionamentos doentios fazem mal ao amor que dizemos sentir pelos outros.
A dependência faz as pessoas quererem ter as outras por perto, mas como este sentimento é doentio, o relacionamento não tem como se tornar uma coisa positiva.
É preciso aprender a viver as individualidades, pra somente depois a gente conseguir se partilhar aos outros.
As doenças mentais começam assim, em relacionamentos doentios, em perda de personalidade, perda de pertença, a gente vai abrindo mão de si. Vamos nos esgotando, sendo sugados ou nos deixando sugar.
Não podemos deixar que os outros mandem em nossa alegria, em nossa vida.
A pior coisa que tem é quando um ser humano percebe que a sua alegria depende do outro e não dele. Alguma coisa está errada! Não deve ser assim.
O outro não pode ser responsável pela nossa alegria.
O outro pode até participar da nossa alegria, o outro pode até ajudar a promover alegria, assim como uma palavra do outro pode machucar, ela também pode ajudar. Mas, o primeiro espaço onde a alegria deve ser cultivada é dentro de nós.
Onde a gente se cuida, gasta tempo consigo mesmo.
Dedicando tempo aos nossos projetos aos nossos empenhos.
Se você se preocupa mais com a vida das pessoas a sua volta, dos seus amigos, do seu parceiro e esquece de viver a sua alguma coisa está errada!
A nossa primeira responsabilidade não é com o outro é com a gente mesmo.
É preciso primeiro que a gente conquiste nossos próprios territórios, pra só depois pensar no dos outros.
Precisamos aprender a fazer as coisas de forma saudável, e não fazer por necessidade, fazer as coisas por necessidade não preenche, só nos torna vazios.
Na vida das pessoas a gente não deve ser sequestrador, e sim libertador.
Só tem sentido a gente estabelecer relacionamentos se for pra gente ajudar o outro, a gente precisa de pessoas que nos façam enxergar o melhor que temos dentro de nós.
Que nos aproximem do sagrado, da natureza, da nossa melhor versão, do pensamento saudável e vibrante.
O ser humano precisa ter vínculos com pessoas que vão lhes motivar a serem o melhor que são. Sem amarras.
Pessoas com a cabeça boa, sadia, equilibrada, pessoas que somam, que acrescentam algo em nós.
Não aceite viver relacionamentos que aprisionam, que podam das possibilidades de evolução que temos.
Até nossos pais, nossa família, podem fazer isso conosco.
Nos aprisionar! Muitas mães, se não se atentarem podem fazer isso de forma inconsciente, ou pior, consciente, sequestrando a personalidade e liberdade do filho.
Como?
Através das imposições.
Sendo incapaz de compreender o outro como sendo justamente outro.
Diferente dela.
Um filho não é uma extensão dos nossos desejos.
O amor antes de tudo é uma investigação das possibilidades que o outro tem.
A gente tem que ocupar espaço na vida das pessoas para promover, para ajuda-los a alcançar a melhor parte deles, a melhor versão, então, aí sim somos bem-vindos e vale a pena estar. Agora, se entramos na vida das pessoas para priva-las e impedi-las de chegar a sua melhor versão, leva-las pra trás ou pior, as incentivando a se manterem no mesmo lugar, cometendo os mesmos erros, não evoluindo, não faz sentido algum estarmos.
Se for pra estabelecer um vínculo seja de amizade ou de amor que seja com alguém que esteja interessado em te ajudar a chegar na sua melhor versão, porque se não, esse amor pode ser um cativeiro e um poço vazio que não irá te levar a lugar nenhum.
Não sou dona da verdade, digo isso em cada textão.
O intuito é apenas fazer pensar, mas pra isso muita gente precisa vencer a preguiça.
O assunto que quis por em pauta hoje é algo que uma seguidora solicitou e achei interessante repassar aqui.
Portanto, não se acostume aos cativeiros das relações, da mesma forma como se fosse um sequestro, onde você é mantido em cárcere e no final por sobrevivência vira amigo do sequestrador.
Se for para estar ao lado de alguém que seja para ajudar, multiplicar, ajudar no crescimento, na evolução. Não para viver algo doente, vazio ou infantil.
Podem ser palavras que pareçam duras, mas, são necessárias nos nossos dias.
Precisamos ter coragem de delimitar um território, onde deixamos claro a quem conosco estiver: Se aqui você quiser entrar, tire os sapatos, fique descalço e com os pés limpos, porque minha vida e meu coração é um solo sagrado.
Que Deus e os Òrìsàs nos ajudem neste processo, porque essas coisas meu povo, dão trabalho! Rs
Muita força pra nós, e sempre, muito amor no coração!
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