04 DE DEZEMBRO DIA DE SANTA BÁRBARA !
Salve Santa Bárbara!!!
Salve Iansã!!!!
Hoje se comemora o dia de Santa Bárbara e Iansã, vamos ver um pouco da história das duas e pedir muita força e luz para nossos caminhos!!
Santa Bárbara foi, segundo as tradições católicas, uma jovem nascida na cidade de Nicomédia (na região da Bitínia), atual Izmit, Turquia nas margens do Mar de Mármara, isto nos fins do século III da Era cristã.
Esta jovem era a filha única de um rico e nobre habitante desta cidade do Império Romano chamado Dióscoro.
Por ser filha única e com receio de deixar a filha no meio da sociedade corrupta daquele tempo, Dióscoro decidiu fechá-la numa torre.
Santa Bárbara na sua solidão, tinha a mata virgem como quintal, e, segunda alegam as tradições, “questionava-se” se de fato, tudo aquilo era criação dos ídolos que aprendera a cultuar com seus tutores naquela torre.
Por ser muito bela e, acima de tudo, rica, não lhe faltavam pretendentes para casamentos, mas Bárbara não aceitava nenhum.
Desconcertado diante da cidade, Dióscoro estava convencido que as “desfeitas” da filha justificavam-se pelo fato dela ter ficado trancada muitos anos na torre.
Então, ele permitiu que ela fosse conhecer a cidade; durante essa visita ela teve contato com cristãos, que lhe contaram sobre os ensinamentos de Jesus sobre o mistério da união da Santíssima Trindade. Pouco tempo depois, um padre vindo de Alexandria à batizou.
Em certa ocasião, segundo contam as tradições católicas, seu pai “decidiu construir uma casa de banho com duas janelas para Bárbara.
Todavia, dias mais tarde, ele viu-se obrigado a fazer uma longa viagem.
Enquanto Dióscoro viajava, Barbara ordenou a construção de uma terceira janela na torre, visto que a casa de banho ficara na torre.
Além disso, ela esculpira uma cruz sobre a fonte”.
O seu pai Dióscoro, quando voltou, “reparou que a torre onde tinha trancado a filha tinha agora três janelas em vez das duas que ele mandara abrir.
Ao perguntar à filha o porquê das três janelas, ela explicou-lhe que isso era o símbolo da sua nova Fé.
Este fato deixou o pai furioso, pois ela se recusava a seguir as tradições dos deuses do Olimpo”.
Sentença de Morte
“Debaixo de um impulso e furia”, como alegam as tradições, “e obedecendo à sua tradiçõe dos deuses do Olimpo, Dióscoro denunciou a própria filha ao Prefeito Martiniano que a mandou torturar numa tentativa de a fazer renunciar sua fé, fato que não aconteceu.
Assim Marcius condenou-a à morte por degolação”.
Durante sua tortura em praça pública, uma jovem cristã de nome Juliana denunciou os nomes dos carrascos, e imediatamente foi presa e entregue à morte juntamente com Bárbara.
Ambas foram levadas pelas ruas de Nicomédia por entre os gritos de raiva da multidão.
Bárbara, segundo alega-se, teve os “seios cortados, depois foi conduzida para fora da cidade onde o seu próprio pai a executou, degolando-a.
Quando a cabeça de Bárbara rolou pelo chão, um imenso trovão estrondou pelos ares fazendo tremer os céus.
Um relâmpago flamejou pelos ares e atravessando o céu fez cair por terra o corpo sem vida de Dióscoro”.
Atribuições de Santa Bárbara
Depois deste acontecimento contado nesta lenda, Santa Bárbara passou a ser conhecida como “protetora contra os relâmpagos e tempestades” e é considerada a Padroeira dos artilheiros, dos mineiros e de todos quantos trabalham com fogo.
Oração de Santa Bárbara
Santa Bárbara, que sois mais forte que as torres das fortalezas e a violência dos furacões, fazei que os raios não me atinjam, os trovões não me assustem e o troar dos canhões não me abalem a coragem e a bravura.
Ficai sempre ao meu lado para que possa enfrentar de fronte erguida e rosto sereno todas as tempestades e batalhas de minha vida, para que, vencedor de todas as lutas, com a consciência do dever cumprido, possa agradecer a vós, minha protetora, e render graças a Deus, criador do céu, da terra e da natureza: este Deus que tem poder de dominar o furor das tempestades e abrandar a crueldade das guerras.
Por Cristo, nosso Senhor.
Amém.
(Fonte: Wikipédia)
Sincretismo Religioso– Salve Iansã!!!
Oyá, a deusa do Rio Níger, é representada com um alfange e uma cauda de animal nas mãos, e com um chifre de búfalo na cintura.
Na mitologia iorubá, Xangô casou-se com três de suas irmãs, deusas de rios: Oyá, Oxum (deusa do rio Osun) e Obá (deusa do rio Obá).
Nas lendas provenientes do candomblé, Iansã foi mulher de Ogum e depois de Xangô, seu verdadeiro amor.
Xangô roubou-a de Ogum.
O nome Iansã é um título que Oyá recebeu de Xangô.
Esse título faz referência ao entardecer, Iansã pode ser traduzido como “a mãe do céu rosado” ou “a mãe do entardecer”.
Ao contrário do que muitos pensam, Iansã não quer dizer “a mãe dos nove”.
Xangô a chamava de Iansã pois dizia que Oyá era radiante como o entardecer ou como o céu rosado e é por isso que o rosa é sua cor por excelência.
Na liturgia da umbanda, Iansã é senhora dos eguns, os espíritos dos mortos, menos cultuados no candomblé.
Na umbanda, a guia de Iansã é de cor laranja (coral) e, no candomblé, é vermelha.
No candomblé, também é chamada de Oyá. Seu dia da semana é quarta-feira e sua saudação é Eparrei.
Tão poderosa quanto o seu marido Xangô, Iansã é uma deusa que percorreu vários reinos em busca da sabedoria de outros orixás.
Utilizando de sua ampla capacidade de despertar a paixão, aprendeu várias habilidades pertencentes a outras divindades.
Só não conseguiu tal feito quando se deparou com Obaluaê, orixá que jamais se rendeu aos encantos de outro alguém.
Irrequieta tal qual o marido, Iansã tem forte espírito guerreiro e já foi de grande serventia quando Oxalá precisava vencer uma batalha.
Nessa ocasião, ele contava com a ajuda de Ogum, feitor de armas.
Contudo, mesmo se dedicando o máximo que podia, o orixá ferreiro não conseguia atender a demanda de Oxalá.
Ao notar a reclamação do guerreiro, Iansã, que ainda não havia se casado com Xangô, se pôs a ajudar na fabricação das armas soprando o fogo que as forjavam.
Por meio desse mito, vemos que Iansã tem sua força ligada à participação nas guerras e no domínio dos ventos.
Toda vez que um grande deslocamento de ar acontece, os devotos desse orixá reconhecem o seu poder de atuação.
Dessa forma, sendo portadora dos ventos e senhora de batalhas, esse orixá feminino se destaca ao se mostrar detentora de habilidades e comportamentos tradicionalmente masculinos.
Oyá, outro nome comum para Iansã, também está ligada ao mundo dos mortos.
Através de um instrumento litúrgico, feito com rabo de cavalo, ela conduz a trilha que estabelece esse contato entre os que não estão mais vivos.
Além disso, é esse mesmo orixá que prepara roupas especiais para os mortos, chamadas de egungum.
Por meio desse traje, os mortos adquirem a capacidade de voltar à Terra para entrar em contato com os seus descendentes.
Ao mesmo tempo em que é ligada ao fogo, por sua capacidade de despertar paixões, Oyá também está costumeiramente associada ao poder dos trovões e da eletricidade.
Esse último poder foi adquirido junto a Xangô, que lhe ensinou tal habilidade em sinal do arrebatador sentimento que lhe tomou ao conhecer a bela divindade. Tal gesto de devoção seria crucial para que Iansã aprendesse a diferença entre um amor verdadeiro e a simples paixão.
No âmbito sincrético, a mitologia de Iansã é usualmente associada à Santa Bárbara, divindade católica que foi morta pelo pai ao se converter ao cristianismo.
Após a execução de Bárbara, um raio atingiu a cabeça de seu progenitor.
Pela razão do óbito, muitos equiparam a santidade católica ao poder que Oyá tem de controlar os ventos e raios. Além disso, o fato de Santa Bárbara ser representada com uma espada nas mãos reforça ainda mais a aproximação junto à divindade afro.
Oração a Iansã
Iansã, mãe e senhora dos ventos e tempestades, das horas aflitas e das almas perdidas.
Dona de todas as direções.
Operosa divindade em prol dos desígnios dos filhos de caídos sem norte e vontade.
Piedade para nós, criaturas que vivemos, à beira das tentações, dos abismos, alheios ao amor do pai Olorum.
Mãe, empresta-nos tua decisão e tua coragem, para o encontro do nosso próprio ser.
Daí-nos um roteiro de esperança e triunfo.
Erradicai a pobreza dos nossos sentimentos, orienta-nos para a verdade, dentro do caminho de devoção ao supremo doador.
Encoraja-nos senhora dos raios, para que nossa própria mente, siga uma só direção: amar a Olorum.
Êparrei Iansã!
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