DEPOIS DE MARCAR AS ELEIÇÕES DE 2020, ZÉ PELINTRA PODE VIRAR PATRIMÔNIO CULTURAL
Apesar de não ter o nome nas urnas eletrônicas de 2020, Zé Pelintra se transformou em um dos personagens marcantes das eleições ao ser invocado, de forma preconceituosa, por Marcelo Crivella (Republicanos) para se referir ao chapéu panamá frequentemente usado pelo eleito Eduardo Paes (DEM) em suas participações no carnaval carioca.
E agora a entidade dos cultos de matrizes africanas pode se tornar patrimônio cultural imaterial do estado do Rio: o projeto é de autoria do deputado Átila Nunes (MDB) e foi publicado nesta quinta-feira (03) no Diário Oficial.
Na legislatura passada, o moço foi uma pedra no sapato do prefeito derrotado: seu gabinete estava sempre pronto para recorrer à Justiça contra o alcaide, como no episódio de vandalismo na Praça Quinze; no caso de uma polêmica tentativa de regular eventos; além do comício em favor de Marcelinho na quadra da Estácio — o que efetivamente resultou em condenação à inelegibilidade, mas cujo efeito foi suspenso pelo TSE.
Conhecido por sua defesa da liberdade religiosa — com foco especial na diversidade afro-brasileira —, o deputado conquistou apenas a primeira suplência em 2018, mas voltou a frequentar o Palácio Tiradentes depois que Gustavo Tutuca foi nomeado secretário estadual de Turismo.
A justificativa para a homenagem a Zé Pelintra conta a história da entidade — mas, claro, não poupa Crivella de mais uma alfinetada:
"É considerado o espírito patrono da diversão noturna, embora não alinhado com entidades de cunho negativo. Exatamente por isso, serve igualmente como um arquétipo da cultura de origem africana enquanto alvo de preconceito, tal como ocorreu nas eleições municipais do Rio de Janeiro em 2020".
FONTE : EXTRA
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