COM FACÃO NA MÃO, HOMEM AMEAÇA MEMBROS DE RELIGIÃO DE MATRIZ AFRICANA EM ANANINDEUA; ASSISTA - TVR USM

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COM FACÃO NA MÃO, HOMEM AMEAÇA MEMBROS DE RELIGIÃO DE MATRIZ AFRICANA EM ANANINDEUA; ASSISTA

Crédito: Reprodução/Instagram @isadorajuntos

Você sabe o significado ou já ouviu falar sobre "Racismo Religioso"? O termo nada mais é que o preconceito com quem pratica o Candomblé, a Umbanda, e outras designações afro. Segundo especialistas, é um problema que tem um impacto especialmente danoso para crianças.

Na última quarta-feira, 23, por volta das 7h, a paraense Isadora Carvalho compartilhou nas suas redes sociais uma cena de Racismo Religioso, nas proximidades do "Ilê Iyá Omi Asé Ofá Lewa", que fica localizado na Cidade Nova 8, na We 46. "Sofremos racismo religioso por parte de um cidadão que durante uma obrigação nossa, o mesmo, jogou água podre nos Orixás, nos ameaçou com um facão e nos agrediu verbalmente com xingamentos e palavrões", contou a jovem na publicação feita em seu perfil no Instagram.


Um levantamento feito pelo Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, de janeiro a dezembro de 2021, mostra um total de 645 registros de violações da liberdade de crença e religião no Brasil, dentre estes, a maior parcela está relacionada a religiões de matriz africana — incluindo Candomblé, Umbanda e outras. De acordo com levantamentos anteriores, também há um reflexo desta realidade.

"Nós já estamos providenciando o boletim de ocorrência e também esperamos pela justiça do nosso sagrado! Esse é o sistema que nos mata, nos agride e tenta apagar nossa história e nossa ancestralidade! Não vamos nos calar, vamos continuar na luta pelo respeito à nossa religião e vamos continuar na luta contra o racismo! Racismo Religioso é crime!", conclui Isadora na publicação.

Lei

No Brasil, a expressão "racismo religioso" não está no Código Penal, porém, é algo que se enquadra na Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989, a qual versa sobre crimes provocados por "discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional". No país, as penas para quem for condenado pela prática deste crime são previstas de um a três anos de reclusão. 

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