AFOXÉ FILHOS DA COROA DE DADÁ: CONHEÇA CORTE, ABADÁ E PROGRAMAÇÃO DOS ÚLTIMOS ENSAIOS
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Sandro Pinto e Tânia Shaggy. Foto: Lutemberg Bispo Gomes/Liga-SP |
O Afoxé Filhos da Coroa de Dadá, que abre os desfiles do Grupo Especial no sábado (18), fez a coroação de sua corte para o Carnaval de 2023. Sandro Pinto e Tânia Shaggy são rei e rainha neste ano. A cerimônia aconteceu no último domingo (5), na sede da Liga Independente das Escolas de Samba de São Paulo, na Fábrica do Samba.
Os últimos ensaios serão realizados nos dias 12 e 14 de fevereiro, às 19h30. O último encontro será na quinta-feira, dia 16, a partir de 18h com o tradicional Caldinho da Charanga (Bateria), evento que marca o encerramento de um ciclo. A sede do Afoxé Filhos da Coroa de Dadá fica na Rua Carlos Belmiro Correia, 1240, na Casa Verde.
Também na sede, é possível comprar abadás por R$ 100 para participar do desfile. A data limite para compra é 12h do dia 18. O atendimento é feito de segunda a sábado, das 10h às 22h e domingo das 10h às 21h.
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Abadás do Afoxé Filhos da Coroa de Dadá. Foto: Divulgação/Afoxé Filhos da Coroa de Dadá |
O grupo carnavalesco levará ao Anhembi um cortejo em homenagem à Orixá Oxaguiã, Orixá comedor de inhame pilado. No Candomblé, cada orixá é representado por cores e características específicas, o que norteia a equipe que cuida do design das fantasias de cada ala do Afoxé. Oxaguiã será representado pelos tons de branco e azul.
O Afoxé tem como ministra e guardiã a cantora Fabiana Cozza, reconhecida como uma das maiores revelações da MPB e atual expoente na divulgação da tradição dos Orixás por meio da música.
Histórico
O Afoxé Omo Dadá, como também é conhecido, foi fundado em 1980 pela Iyalorixá Wanda de Oxum e pelo Ogã Gilberto de Exu (in memorian), dois grandes nomes que representam as religiões de matriz africana no Brasil. Há pouco mais de 40 anos o grupo abre o desfile das escolas do Grupo Especial de São Paulo.
“Somos o único afoxé de São Paulo que traz em seu bojo a tradição mais antiga, com a corte, a comissão de frente e a charanga aos moldes das grandes orquestras africanas”, explica Ogã Gilberto.
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Olukorins no Carnaval 2020. Foto: Odara Produções |
Os afoxés, manifestações que vieram da África com os escravos iorubás, eram grandes cortejos reais que se deslocavam de um reino para o outro quando um rei precisava de outro rei para determinada situação.
O rei, então, levava na viagem toda a sua corte, sempre precedida por um feiticeiro que carregava nas mãos um pó mágico chamado de afoxé. Ele abria o caminho da corte, assim como queria fazer com que seu rei, ao chegar ao outro reino, fosse bem sucedido na missão.
“Os afoxés sempre foram integrados ao Carnaval em função do mito. O objetivo é limpar o local para que os outros possam passar. Os que vêm atrás serão felizes, assim como os que participam do desfile”, conta Iyá Wanda.
FONTE :srzd
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