PORTA-BANDEIRA DA MANGUEIRA FALA SOBRE A POLÊMICA DAS NOTAS NO CARNAVAL: 'NÃO ENTENDI, PORÉM RESPEITO'
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Porta-bandeira da Mangueira fala polêmica das notas no carnaval: 'Não entendi, porém respeito |
Cyntia Santos falou ainda sobre a discussão que surgiu a partir do seu episódio de que o júri do carnaval deveria ser mais entendido de carnaval e menos clássico.
Um furacão chamado Cintya Santos varreu a Marquês de Sapucaí em sua estreia como porta-bandeira da Estação Primeira de Mangueira e faturou o Estandarte de Ouro na categoria. Mas o que parecia óbvio para os amantes do carnaval, não se concretizou nas notas do júri oficial, e Cintya e seu parceiro, o mestre-sala Matheus Olivério, foram punidos com a perda de décimos.
O episódio levantou a discussão se as notas foram justas e se um júri mais entendido de carnaval e de dança popular deveria ser recrutado para avaliar melhor os casais de porta-bandeira e mestre-sala.
"Desanima, não vou dizer que não fiquei frustrada, mesmo com o Estandarte. Não entendi as notas, mas vou me dedicar, trabalhar mais para conseguir o resultado para a escola", disse em um primeiro momento.
Cintya Santos na avenida: sua dança fazia referências a Iansã — Foto: Reprodução/Redes sociais |
Jurado misto
Perguntada se sua dança é que deveria se adaptar, ela refletiu melhor.
"O ideal seria que o jurado fosse misto, com gente que entendesse de carnaval, mas, como acho que isso não vai acontecer, terei que me adaptar para levar o resultado da escola. Mas realmente não sei como passar graça e leveza interpretando uma orixá, como vim no enredo da escola", questiona.
Reconhecimento no Grupo Especial
Cintya contou ainda que está vivendo um momento novo em sua carreira, com aplausos e reconhecimento.
"Hoje tem gente que diz que veio para a Sapucaí me ver, mas até um tempo atrás, quando estava na Série Ouro, ninguém nem sabia quem eu era. A Mangueira que apostou em mim, me deu oportunidade. E na Série Ourou tem muita gente boa. De lá que veio Leandro Vieira, Pitty de Menezes, eu", diz.
'Mulher preta e gorda também dança'
A porta-bandeira também diz que demorou a ter mais oportunidade por não se encaixar em estereótipos.
"Sou uma mulher gorda e preta e posso ser porta-bandeira e dançar. Fazer meu trabalho muito bem. Muita gente não acreditou, não deu a oportunidade. Só a Mangueira abriu as portas para mim no Grupo Especial", disse.
Por : Eliane Santos/ G1
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