RJ - O CANDOMBLÉ DA ADEUS A UM GRANDE BÀBÁLÓRÌṢÀ BÀBÁ MAURO D' OSÚN

 

Iniciado pelo venerável Pai Antônio Carlos de Ipondá, bisneto de santo do não menos conhecido Pai Yelê Pires de Abotô (por vez, filho do grandioso Pai Miguel Deuandá), conhecido e respeitado sacerdote no Rio de Janeiro, tendo iniciado muitos ícones do Candomblé Fluminense. 

Com o passar do tempo, sucedeu o venerável Pai Antônio de Oxum na gestão do Ilé Alákétu Àṣẹ Ìyàmi Ipondá (São Gonçalo/RJ), tomou obrigação com o Pai Valdemiro Baiano ti Ṣàngó (fundador do Ilé Ògún Megègè Àṣẹ Barulèpè – Terreiro do Parque Fluminense) e muito inspirou-se nos grandes líderes que se passaram pela própria vida. 

Com o passar do tempo, foi ganhando notoriedade devido ao seu vasto conhecimento e publicação de livros sobre a religiosidade de matriz africana (sobretudo, "Irin Tité: Ferramentas Sagradas dos Orixás", em 2014; e "Confraria de Olosuns" em 2020), sem contar com seus cursos sobre jogo de búzios e o incansável interesse por disseminar conhecimento. 

Pai Mauro representava uma antiguidade consciente e humilde, oriundo de uma dinastia familiar-religiosa muito respeitável. 

Foi um verdadeiro líder, destacava-se cada vez mais e conseguiu reunir gerações por meio das suas premiações e tão célebres celebrações realizadas no terreiro de São Gonçalo. 

Nesse momento, peçamos que o ancestral descanse em paz, na certeza de ter sido um brilhante vivente neste Aiye, e rogando para que ele e todos os Orixás confortem o coração dos familiares, amigos e admiradores.

Por : Caio Victorino - Ọmọ Ọbàtálá