RJ - REBAIXADA, DIRETORA DA UNIDOS DE PADRE MIGUEL VAI DESFILAR COM A IMPERATRIZ ENTRE AS CAMPEÃS DO CARNAVAL DO RIO - TVR USM

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RJ - REBAIXADA, DIRETORA DA UNIDOS DE PADRE MIGUEL VAI DESFILAR COM A IMPERATRIZ ENTRE AS CAMPEÃS DO CARNAVAL DO RIO

 


Escola voltou à série Ouro, de onde saiu no ano passado, mas rebaixamento veio cheio de polêmicas, com acusações de preconceito por parte dos jurados.

A diretora de carnaval da Unidos de Padre Miguel, Lara Mara, confirmou ao g1 que desfilará junto com a presidência da Imperatriz Leopoldinense no Desfile das Campeãs na madrugada deste domingo (9).

A agremiação da diretora foi rebaixada para a Série Ouro, de onde tinha saído no carnaval anterior. Porém, o rebaixamento gerou muita polêmica no Grupo Especial — já que muitas escolas saíram em defesa da UPM, como a Imperatriz.

Uma das juradas que descontou pontos da escola justificou que o samba-enredo teria cometido um “excesso” de termos em yorubá. A justificativa foi entendida como preconceituosa até mesmo pelo presidente da Liesa, Gabriel David, que disse que a jurada não será renovada para 2026.

A Imperatriz é a quarta escola da noite, com um enredo de temática afro.

Desfile da Unidos de Padre Miguel, no Rio de Janeiro. — Foto: Stephanie Rodrigues

Presidente da Liesa diz que escola sofreu preconceito

O presidente da Liesa afirmou, no início do desfile das Campeãs do Rio neste sábado (8), que acredita que a Unidos de Padre Miguel (UPM) foi subestimada por ser uma escola recém-chegada no Grupo Especial.

Para Gabriel David, a escola sofreu preconceito e foi mal julgada. Em relação à jurada que afirmou que a escola usou muitos termos em iorubá (língua proveniente do continente africano e muito reverenciada nas religiões de matrizes africanas no Brasil), ele disse que a jurada não será renovada e que as escolas precisam ter liberdade ao montar seus carnavais.

“A UPM apresentou um requerimento que foi aceito. Isso é, será feita uma plenária com todas as 12 escolas e a UPM para discutir essa questão. O prazo é de 15 dias para isso acontecer e lá a UPM vai apresentar seus argumentos e os presidentes das escolas decidirão o que vai acontecer”, explica Gabriel David.

Questionado se a escola poderia, então, retornar ao Grupo Especial, David explicou que desde 2019 há um TAC assinado entre a Liesa e o Ministério Público reafirmando que a liga não pode interferir no resultado depois da Quarta-Feira de Cinzas.

“Por conta disso, teremos que sentar com o Ministério Público para entender o que pode ser feito dependendo da decisão dos presidentes das escolas”, destaca.

“O próprio presidente reconheceu que foi preconceito e eu fico muito triste, sabe? Nós fizemos o glossário, explicamos e justificamos nosso enredo com tudo explicado. Aqui a gente fala pretuguês, com origem no yorubá e no bantu, então não cabe ela dizer que foi excesso de yorubá porque estava no nosso glossário. Foi despreparo e desrespeito, além de preconceito dessa jurada”, justifica a diretora de carnaval da UPM, Lara Mara.


Segundo Lara, a escola vai levar esses argumentos para a plenária para justificar uma permanência no Grupo Especial.



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