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UMA CONVERSA A ESÚ

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Houve um tempo ao qual o TEMPO era devidamente respeitado...
Existiu o TEMPO em que todos os sacerdotes de Matriz Africana obedeciam as determinações do Mérìndilogún e seguiam à risca o que os buzius determinava.
Candomblé não era para qualquer um, pois quem assim o escolhia era o seu destino; Candomblé tinha a opção de “clientes” para serem cuidados, mesmos estes sendo ricos ou pobres.

Candomblé era pé no chão, roupa de ração, saia e anos aos quais éramos ensinados a olhar para o chão.


Assim, aprendemos aqueles que passaram pela raiz, tradição e fundamento. ,
Hoje, tudo se mudou até mesmo pela falta de profissionalismo de muitos que aí estão dentro desta Matriz que não tem nenhuma ascensão na Sociedade e se colocam no Candomblé como as próprias Divindades em terra, onde até mesmo exigem tapetes vermelhos para passarem.


Hoje a ética se foi, fundamentos foram jogados na lixeira, chegou com dinheiro compra tudo, existe ainda a falta de respeito ao outro sacerdote que originou um iyawo e disputam afirmando que este não é daquele Orisá/Vodun/Muzenza entre outros...
O dinheiro, a ambição, as reformas, o poder, o pró-labore ligado a alguns sacerdotes que nunca passaram pelo portão sagrado já não é mais fator impeditivo para aquela família ancestral que ali dizia ser de tal raiz.


Estamos caminhando não se sabe pra onde, olhando para este Povo ao qual chamamos de Comunidade de Matriz Africana cada vez mais se afasta da consciência espiritual, política, social, jurídica e comunitária; onde escândalos não param de surgir a todo momento.
Ainda são comprados, pois enganados jamais o serão, pelo valor das notas que os fazem empoderados e resguardados.


Mas lembrem-se do venerado ESÚ que tudo vê, e sabe que o TEMPO guarda, desenha e depois nos vemos diante de toda esta sujeira.


Somos assim, filhos de um tempo antigo, pois assim fomos iniciados, criados, ensinados, fidelizados e confiantes naquilo que nos faz firme e forte em nossa caminhada.
Cremos que em cada ORISÁ/VODUN/MUZENZA; há um juramento ao qual hoje na maioria das casas já não mais existe, mas que nós, filhos de um tempo antigo, cultuamos e vivenciamos.


Não traímos a nossa Ancestralidade, vivemos e aprendemos a esperar o TEMPO!
E neste TEMPO, só nos resta ter gratidão a tudo que passamos desde o princípio em que passamos portãozinho simples e fundamentado de onde nos iniciamos.
Abram os olhos, pois ESÚ diz que muitas coisas ainda irão aparecer, muita gente pagará pelos seus maus feitos, muita gente que pensa ser a estrela do Candomblé estará nos tribunais de ESÚ, para prestar suas contas.


Ainda a sacerdotes e sacerdotisas de Matriz Africana que tem fundamento, raíz, tradição e competência para respeitar o que é dito pelo seu jogo; e a estes nossos devidos respeitos!
Gratidão ESÚ, por tudo .


FONTE : TVR USM

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