BAILE DA FAVORITA RECORRE DE DECISÃO DA POLÍCIA MILITAR QUE VETOU SHOW EM COPACABANA - TVR USM

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BAILE DA FAVORITA RECORRE DE DECISÃO DA POLÍCIA MILITAR QUE VETOU SHOW EM COPACABANA

Palco principal do réveillon de Copacabana durante a montagem: apresentação organizada pelo Baile da Favorita prevista para abrir o carnaval de 2020

Palco principal do réveillon de Copacabana durante a montagem: apresentação organizada pelo Baile da Favorita prevista para abrir o carnaval de 2020 Foto: Arquivo / 26/12/2019 / Pablo Jacob 

A novela envolvendo a apresentação do Baile da Favorita na abertura oficial do carnaval, no próximo domingo em Copacabana, ganhou novos capítulos. Enquanto a organização do show apresentou, na manhã desta terça-feira, um recurso na Polícia Militar contra a decisão que vetou a apresentação, as associações de moradores do bairro da Zona Sul se mobilizam para impedir na Justiça que o palco principal do réveillon não receba o show. Apesar do imbróglio, a Riotur confirmou que fará a abertura oficial da folia no domingo, com a eleição final do Rei Momo e da Rainha do carnaval carioca.
Organizado pela Favorita, o show teria ainda outras atrações: Preta Gil, Sandra de Sá, Toni Garrido e Thiago Martins. A Empresa municipal de Turismo trabalha com a expectativa de público em torno de 300 mil pessoas. O evento, caso aconteça, ocorrerá das 14h às 19h. Aos domingos, a pista de carros junto à praia fica fechada para área de lazer entre 7h e 18h. Caso a proibição permaneça, não haverá show na praia.
— Terão outros blocos na apresentação, mas quem está fazendo a parte de legalização e realização do evento é a gente. Está sob o nome da nossa empresa. Não tem o porquê ter esse receio. Eles estão causando uma proporção muito maior. Todas as demandas feitas por órgãos públicos estão sendo seguidas, mas eles (associações de moradores) não conseguem entender a importância do evento para a cidade — lamenta Michel Diamant, sócio da CS Eventos, empresa responsável pelo Baile da Favorita.
De acordo com um ofício da PM, a organização do evento não respeitou o prazo mínimo de 70 dias de antecedência para solicitar à corporação a realização do evento.
A assessoria de imprensa da Secretaria de Estado de Polícia Militar informou que o requerimento inicial, enviado pela organização do evento, foi indeferido por não respeitar o decreto estadual 4467 de 2014, que estipula o prazo de 70 dias prévios para a comunicação de eventos desta espécie. Em nota, a assesoria afirmou ainda que foi impetrado recurso, que está sendo analisado pela secretaria. O Corpo de Bombeiros garantiu que a autorização final para o evento não foi emitida até o momento. A corporação, porém, não detalhou quando recebeu o pedido da organização.

Busca por liminar na Justiça

O presidente da Associação de Moradores de Copacabana (AmaCopa), Tony Teixeira, afirma que irá à Justiça nesta quarta-feira buscar uma liminar que impeça a apresentação do show.
— O bairro se torna um caos. Denigre a própria imagem do turismo na cidade do Rio. Os moradores ficam irritados. Os turistas que não são de blocos não entendem que virou sodoma e gomorra, uma bagunça, um caos, todo mundo também usando muita droga, muita bebedeira. Sai de controle. Perde todo mundo — afirma Teixeira, que garante não ter preconceito contra o público do show: — Não tenho preconceito. O bairro de Copacabana é o mais democrático do mundo. Tem milionários, classe média e os mais humildes que convivem diariamente.
O presidente da Sociedade Amigos de Copacabana, Horácio Magalhães, protocolou nesta terça-feira o ofício da Polícia Militar em que veta a apresentação para impedir a apresentação que marcaria a abertura oficial do carnaval 2020:
— É uma atração que atrai um público muito grande pelas experiências anteriores. As experiências de 2017 e 2018 (quando houve desfile do bloco da Favorita no bairro durante o carnaval) foram muito ruins. Eles geram público gigantesco que o bairro não comporta.

FONTE : extra.globo

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