BOTAFOGO SAMBA CLUBE ENFRENTA PROBLEMAS EM ESTREIA NA SAPUCAÍ; DESFILES COMEÇARAM COM QUASE 1H DE ATRASO - TVR USM

Breaking News

BOTAFOGO SAMBA CLUBE ENFRENTA PROBLEMAS EM ESTREIA NA SAPUCAÍ; DESFILES COMEÇARAM COM QUASE 1H DE ATRASO

 

Desfile da Botafogo Samba Clube 2025. Foto: Juliana Dias

Começou, nesta sexta-feira (28), o desfile das escolas de samba do Carnaval de 2025 no Rio de Janeiro. Com quase uma hora de atraso.

A organização dos desfiles da Série Ouro, feita pela Liga-RJ, informou que atrasou o início da apresentação por dificuldades de acesso do público ao sambódromo. Previsão inicial era 21h.

Chegou o momento do público acompanhar o maior espetáculo da Terra na Marquês de Sapucaí produzido pelas agremiações da Série Ouro, o acesso carioca (veja a ordem de desfiles completa mais abaixo).

A primeira escola a desfilar estreou nesta divisão, a Botafogo Samba Clube.

Na Avenida, cantou o enredo Uma Gloriosa História em Preto e Branco, assinado pelo carnavalesco Alex de Souza.

O samba-enredo tem assinatura de Aline Bordalo, Ricardo Góes, Gutemberg Kunta, Julinho Dojuara, Mauricio Almeida, Fernando de Lima, Daniel Bomfim e Serginho Machado.

Logo no início da apresentação, problemas. A Comissão de Frente não estava trajada com as meias que compunham o figurino original. Pinturas foram feitas no lugar. O abre-alas perdeu a conexão de acoplamento já no começo do desfile e assim passou pelo primeiro módulo. O problema foi corrigido em seguida. Na Série Ouro, as escolas podem ter apenas três alegorias. Um alerta de incêndio no carro 3, fez com que a brigada acompanhasse a alegoria.

Ao final, ainda teve de apertar o passo para cumprir o tempo máximo regulamentar, de 55 minutos (veja os registros):



Eliane Souza (MSPB): Leve e seguro o bailado realizado com a utilização dos movimentos característicos de cada um dos dançarinos, foi apresentado pelo primeiro casal da Botafogo Samba Clube, Diogo Moreira e Beatriz Paula (ele, em dupla jornada, pois corteja com gentileza Isabella Moura na Mocidade), que revelou destreza na elaboração de seus movimentos, graciosidade em gestos e passos, numa forma atualizada de bailar.

A linda Beatriz deslizou num suave PATINETE, se deslocando para frente da cena, para saudar os julgadores! Linda. Ah! num momento singelo, executaram um movimento do minueto, que embelezou a coreografia por sincronizar os movimentos de cada um, na finalização de uma ação. Foi bonito de ver!

Destaco o protagonismo de Vinícius Paes que ocupou a cena, num manuseio elegante do adereço de mão – um leque – , no momento em que a porta-bandeira Jessica Ramos resolvia uma intercorrência com seu mastro! Sem deixar o espaço vago, o sensível terceiro mestre-sala da escola cumpriu com determinação e muita galhardia o seu papel de protetor e defensor! Encantei-me com a postura do cavalheiro. Que boniteza, Botafogo, os seus casais!


Célia Souto (evolução e harmonia): Abrindo a noite dos desfiles da Série Ouro, a Botafogo Samba Clube. Animados entraram na avenida com a maioria dos componentes cantando o samba-enredo, porém, destaco uma deficiência em relação a tenacidade, sincronia e entrosamento entre ritmo e melodia. A evolução manteve uma regularidade mas não se apresentou com brilho, vibrante e samba no pé.

Bruno Moraes (bateria): A bateria da Botafogo Samba Clube é uma bateria em formação, com identidade própria e isso é muito legal e importante para nossa cultura. Sensacional ver uma roupagem nova adentrando a Sapucaí. Que estreia do mestre Branco Ribeiro, que fez um intenso trabalho de formação de ritmistas. Que resultado recompensador!

Cláudio Francioni (samba-enredo): A Botafogo Samba Clube trouxe para a sua estreia na Sapucaí um samba funcional, apelando para o coração do torcedor e deixando de lado a preocupação poética ou harmônica. A torcida parece ter gostado, mas o problema é que nem todo mundo na Avenida é botafoguense.


Jaime Cezário (alegoria, fantasia e enredo): A estreante da Série Ouro iniciou seu esquenta com uma hora de atraso, entoando músicas cantadas no estádio pela torcida do Botafogo.

O enredo da escola nos transportou para as raízes do charmoso bairro de Botafogo, um mergulho na história que culminou nas recentes glórias do time de futebol. As fantasias, com leitura fácil e visual sofisticado, impressionaram pela criatividade, mesmo com o uso de materiais simples. O toque de mestre do carnavalesco experiente transformou o ordinário em extraordinário.

A ala das crianças, um mar de fofura, vestiu-se de Pato Donald estilizado, uma homenagem ao antigo mascote do clube.

As alegorias, grandiosas e com bom acabamento, deslizaram com leveza, narrando a história com clareza e beleza. A simplicidade dos materiais utilizados, aliada à maestria na execução, resultou em um visual pseudo luxuoso. Um feito notável foi a ausência de reciclagem de outros carnavais, um diferencial que merece reconhecimento, já que essa prática é comum no grupo.


Nenhum comentário