RJ - SÉRIE OURO: ESTÁCIO, MARICÁ E ILHA SE DESTACAM NA 1ª NOITE - TVR USM

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RJ - SÉRIE OURO: ESTÁCIO, MARICÁ E ILHA SE DESTACAM NA 1ª NOITE

 

Botafogo Samba Clube — Foto: Ronaldo Nina/Riotur

Em Cima da Hora teve problemas, e Botafogo Samba Clube veio pobre. Unidos da Ponte desfilou sem ser julgada.

Estácio de Sá, União de Maricá e União da Ilha do Governador foram os destaques da 1ª noite da Série Ouro do carnaval carioca. Na outra ponta, Em Cima da Hora e Botafogo Samba Clube apresentaram os piores desfiles.

No total, 8 escolas riscaram a Sapucaí entre a noite de sexta (28) e a manhã de sábado (1º). Os desfiles começaram com cerca de 50 minutos de atraso para que o público que aguardava nos acessos ao Sambódromo pudesse se acomodar nas arquibancadas. A Ilha encerrou o cortejo por volta das 7h30.

A Unidos da Ponte não foi julgada. A Azul e Branca de São João de Meriti, a 4ª a desfilar, foi uma das 3 agremiações afetadas pelo incêndio, no dia 12, na Maximus Confecções. A fábrica de fantasias, entre as mais requisitadas pelas divisões de acesso, virou cinzas, e um aderecista morreu. Ponte, Unidos de Bangu e Império Serrano perderam praticamente tudo.

A LigaRJ decidiu em plenária que essas 3 escolas desfilarão “hors-concours”: não correm risco de cair, mas também não disputam o acesso.

Para as outras 13, segue o regulamento: somente a campeã sobe para o Grupo Especial, e as 2 últimas colocadas vão para a Intendente em 2026.

Botafogo Samba Clube

A 1ª escola ligada a um time de futebol a pisar na Marquês de Sapucaí não falou de outra coisa: o Glorioso.

A única alvinegra do Sambódromo contou a história do Botafogo de Futebol e Regatas e trouxe as taças conquistadas em 2024 no último carro.

O 1º carro passou com módulos desacoplados na 1ª cabine de jurados, o que deve custar pontos. A escola passou com 55 minutos cravados.

Fantasias pobres podem custar a permanência da escola na Sapucaí.

Último carro do Botafogo Samba Clube reproduziu General Severiano e trouxe as taças de 2024 — Foto: Raoni Alves

Arranco do Engenho de Dentro

Em "As mães que alimentam o sagrado", a escola homenageou as mulheres que lutam diariamente por seus filhos e mantêm uma fé inabalável diante dos desafios.

Com alas coloridas e ricamente fantasiadas, a mais matriarcal das escolas de samba trouxe as várias faces da devoção feminina.

Arranco do Engenho de Dentro — Foto: Marcos de Paula/Riotur

Arranco do Engenho de Dentro — Foto: Alexandre Loureiro/Riotur

Inocentes de Belford Roxo

A escola apostou na reedição de seu carnaval de 2008 para voltar à elite, mas teve um desfile cheio de problemas. O tripé que acompanharia a comissão de frente quebrou e precisou ser rebocado ainda da concentração. O contratempo acabou obrigando a escola a correr, e o desfile terminou estourado em 1 minuto.

Tem sido muito comum as escolas levarem elementos cênicos para compor a abertura. Os integrantes sobem na estrutura, que vira um pequeno palco. No caso do tripé da Inocentes, um telão de LED ajudaria a compor a performance.

O eixo de direção do tripé quebrou, e a comissão entrou sem o elemento. A coreografia teve de ser adaptada.

Em “Ewe, a Cura Vem da Floresta”, Belford Roxo buscou destacar o papel fundamental das folhas em rituais e cerimônias, além de homenagear a sabedoria ancestral dos povos indígenas e das Pretas Velhas.

Tripé da Inocentes é rebocado — Foto: Raoni Alves

Comissão de Frente da Inocentes improvisou sem o tripé — Foto: Rafael Catarcione/Riotur

Unidos da Ponte*

A agremiação de São João de Meriti perdeu quase todas as suas fantasias no incêndio na Maximus e não será julgada.

Mesmo assim, a Unidos da Ponte veio determinada a emocionar o público na Sapucaí com seu enredo sobre a relação do ser humano com a natureza.

“Antropoceno: Ecos de Abya Yala em Meriti'yba” trouxe uma mensagem sobre os desafios ambientais e a importância do respeito aos recursos naturais.

Em algumas alas, foi possível ver integrantes sem partes da fantasia. Carros também cruzaram a Avenida desacoplados, o que poderia custar pontos.


Integrante de ala da Ponte com fantasia incompleta — Foto: Raoni Alves

Estácio de Sá

A pioneira do samba do Brasil imaginou uma viagem do Leão, seu símbolo, até a Amazônia, onde se torna um dos seres encantados da floresta — os personagens imaginários dos povos originários do Brasil.

Com carros imponentes e um chão que não parava de cantar, a Estácio foi um dos destaques da noite.

Outro ponto que chamou a atenção foi a comissão de frente. Dois integrantes dividiram a fantasia de um leão.

Dois momentos da comissão de frente da Estácio, com um leão — Foto: Ronaldo Nina/Riotur

Casal da Estácio de Sá — Foto: Alexandre Loureiro/Riotur

Estácio de Sá na Sapucaí — Foto: Ronaldo Nina/Riotur

União de Maricá

A agremiação da Região dos Lagos homenageou Seu Sete da Lira, um dos exus das religiões de matriz africana.

O enredo “O Cavalo de Santíssimo e a Coroa do Seu 7”, assinado pelo carnavalesco Leandro Vieira, cresceu com um samba que pegou na Avenida. Alegorias criativas e bem acabadas foram outro destaque.

A escola, porém, teve problemas com a evolução.

Comissão de Frente da União de Maricá — Foto: Marcelo Martins/Riotur



Em Cima da Hora

A escola apostou na fusão do canto lírico com o samba para exaltar a cultura afro-brasileira e emocionar.

Na “Ópera dos Terreiros – o canto do encanto da alma brasileira”, um dos destaques foi um imenso carro que se projetava a 14 metros de altura.

As alegorias acabaram batendo na dispersão, e os componentes não conseguiram passar a tempo. O desfile foi concluído em 57 minutos, custando 0.2 ponto.



União da Ilha do Governador

A Tricolor Insulana contou a história de Marietta Baderna, bailarina italiana que aportou no Rio de Janeiro no século 19.

Com sua dança ousada e inovadora, ela conquistou o público, mas também escandalizou a elite da época. Seu nome acabou virando sinônimo de bagunça e deu origem à palavra baderna, ainda usada até hoje no português brasileiro.

Carro alegórico da União da Ilha — Foto: Ronaldo Nina / Riotur


Integrantes da União da Ilha, que encerrou a primeira noite de desfiles na Sapucaí — Foto: Marcelo Martins / Riotur

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