NO DIA DA UMBANDA, CAMINHADA PELAS RUAS CENTRAIS DE MOGI PEDE O FIM DA INTOLERÂCIA RELIGIOSA - TVR USM

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NO DIA DA UMBANDA, CAMINHADA PELAS RUAS CENTRAIS DE MOGI PEDE O FIM DA INTOLERÂCIA RELIGIOSA

Registros de discriminação religiosa cresceram 7,5% entre 2017 e 2018.




No Dia da Umbanda, celebrado nesta sexta-feira (15), adeptos da religião participaram de uma caminhada pelas ruas centrais de Mogi das Cruzes contra a intolerância religiosa.


Centenas de pessoas assistiram às apresentações de música, dança e batidas no atabaque, em um ato para celebrar e pedir mais respeito à liberdade de crença.


A técnica em enfermagem Mirian Aparecida do Rosário disse que a data é importante para valorizar a religião. "E ter mais respeito, para não ter mais preconceito", diz.


A dona de casa Claudinéia de Almeida Lima disse ter nascido e se criado na religião umbanda. "A umbanda é luz, paz e caridade", ressalta.


As denúncias de discriminação contra religiões caíram 17%. Mas os casos de discriminação contra os adeptos de religiões de origem africana aumentaram 7,5% de janeiro a junho de 2018 em relação a 2017, de 66 para 77 registros.


O Conselho Municipal da Igualdade Racial acredita que ainda é preciso fazer muito para mudar o cenário.


"Nós somos amor, paz, caridade, e é essa a nossa luta. Mostrar o lado bnonito e lindo da nossa religião, mas ainda enfrentamos muito preconceito", disse Aparecida Cardoso da Silva, membro do conselho.


O "Afoxé Filhos do Cacique" foi um dos grupos que se apresentaram no evento, e levou cultura e religiosidade.


"Nós trazemos principalmente uma mensagem de paz. De respeito ao próximo, e de que todos somos iguais perante a Deus, a religiosidade de alguma forma", conta o coordenador do grupo, Thiago Vieira de Souza.


Para o organizador, pai Roberto D’Xangô eventos como a caminhada estão ganhando cada vez mais espaço, e isso mostra que é possível viver em harmonia cada um com sua crença. "Agora é decreto lei em Mogi a Marcha pra Ogum e o Dia Nacional da Umbanda. Isso dá uma porta aberta para a gente realmente fazer um trabalho, já que temos o apoio da prefeitura, secretaria e vários segmentos", diz.



Para fechar a programação, o grupo seguiu em caminhada até a Catedral de Sant’Anna. Na porta da igreja, o grupo cantava e aguardava a recepção por um membro da igreja católica, até que o padre apareceu. Ele conversou com o grupo e prestou reverência à imagem de Oxála. Foi com o pai nosso que todos pregaram a paz entre as religiões.

"Importante é que há valores que são iguais para todos, e devemos vivê-los. Cada uma tem a sua identidade, e na identidade temos diálogo", pontuou o padre Ezio Bellini.

As denúncias contra a discriminação religiosa devem ser feitas pelo disque 100.

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