ÒRÍSÀ SÀNGÓ / DE ACORDO COM A SAGRADA RELIGIÃO YORÙBÁ CONHECIDA COMO '' ÈSÌN ÒRÌSÀ'' - TVR USM

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ÒRÍSÀ SÀNGÓ / DE ACORDO COM A SAGRADA RELIGIÃO YORÙBÁ CONHECIDA COMO '' ÈSÌN ÒRÌSÀ''

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De acordo com a sagrada religião Yorùbá conhecida como "Èsìn Òrìsà” e acredita-se que há dois (2) Sàngó.

O 1º Sàngó (Òrìsà) veio do Ìkòlé Òrun durante a época da Ìgbà Ìwásè (começo do mundo) e era conhecido como Ayílégbé-Òrun.

O 2º Sàngó era um devoto do 1º Sàngó. Assim, o 1º Sàngó antecesou o 2º Sàngó, conhecido como Tèllà-òkò, o 3º Alaafin.

No mito Yoruba da criação do universo, "Olódùmarè" é o Criador Supremo, que delegou seus poderes para o "Òrìsà", dando-lhes a autonomia, autoridade e liberdade para agir de acordo com sua vontade de criar a terra e interagir com a humanidade. Com base neste conceito teológico Yorùbá, foi delegado a Sàngó a função de criar as tempestades, trovões e raios, chuva.

Na história Yorùbá do 3º Aláàfin (rei) conhecido como Sàngó Tèllà-òkò, era um forte guerreiro, acreditado ser s encarnação física do Òrìsà Sàngó, devido aos seus poderes míticos utilizados através da energia do trovão e tempestades
Tèllà-òkò (Sàngó 2) era filho de Òrànmíyàn com Tòrosí da cidade de Tapa; o fundador do Império de Òyó ; o mais novo dos netos de Odùduwà.

Tèllà-òkò (Sàngó2) era um homem corajoso e poderoso que herdou a maioria de suas habilidades especiais em Nupe, o povo de sua mãe.

Durante o reinado do Aláàfin Àjàká, Òyó estava em constante guerra com o Olówu, primo de Àjàká; que governava o reino de Òwu. Olówu mais tarde enviou seus guerreiros para capturar Aláàfin Àjàká e trazê-lo para Òwu. Numa tentativa de resgatar Aláàfin Àjàká, Oyomesi (Conselho de chefes de Òyó ), solicitou o regresso de Tèllà-òkò (Sàngó) que estava em Nupe na terra onde ele vivia. Este resgatou Àjàká e é coroado rei enquanto Àjàká é mandado para o exílio.

Tèllà-òkò (Sàngó 2), durante a sua vida, teve cinco esposas, mas três foram muito chegadas a ele, Obà, a primeira esposa e no sentido tradicional e legítimo, Òsun, a segunda e Oya, a terceira, uma concubina (com nenhum direito de casamento ou dote pago por ela), pois era um espírito que tinha o poder de se transformar de humano para animal. Ela também tinha o poder de chamar a chuva. Juntamente com o raio de Sàngó, tiveram vitórias fantásticas em batalha. O ciúme de Obà e Òsun fez Oya ficar mais perto de
Sàngó 2, tornando-se sua princesa (Ayó (Alegria)) e ter acesso à pedra de raio (Edùn àrá) de Sàngó. Awa e Gambíolú também eram suas esposas.

Em uma das experiências de Tèllà-òkò (Sàngó 2) tentando reafirmar a potência do seu raio, o trovão que criou atingiu o palácio e queimou-o. Obà e Òsun depois de perder tudo, deixaram o palácio com raiva culpando uma à outra por permitir que Oya tivesse tido tal acesso a Sàngó (2) e uma tornou-se a deusa o rio Obà e a outra a deusa do Rio Òsun. Oya, por sua vez, voltou para a floresta em Nupe onde Sàngó a encontrou e se tornou a deusa do rio-Oya conhecido como o rio Níger.

Por outro lado, Tèllà-òkò (Sàngó 2) deixou a cidade acompanhado pelos seus chefes como o Aládèkún, que o tentou persuadir a não sair. Depois de uma persuasão inabalável, os chefes quando se aproximaram de uma árvore chamada Áyan, a notícia correu que o rei se tinha enforcado, mas não era verdade.

Só Aládèkún sabia a verdade que Sàngó(2) tinha desaparecido, entrado pela terra, deixando para trás a pedra de raio -Edùn àrá (òlépo lárá) retirada de seu próprio corpo e deixou-a com Aládèkún. – Daí o popular ditado Oba kòso ou Olú kòso significando que o rei não se enforcou, o qual foi criado pelo Aládèkún e o lugar onde Sàngó(2) desapareceu tornou-se conhecido como kòso. Aládèkún tornou-se o apoio de Òyó sempre que a cidade estava em necessidade, conhecido como “ Oní lé ogbà” e foi contraido para Mogbà, o que significa "a casa é cercada por cercas", devido ao lugar cercado onde Sàngó desapareceu.
Aládèkún conhecido como Mogbà Kòso é desde sempre o proprietário da coroa de Sàngó desde tempos imemoriais.

Hoje Kòso é um distrito suburbano de Òyó , um dos lugares mais sangrados da cidade, onde o espírito de Sàngó habita o local sagrado há milhares de anos. Não há nenhum Aláàfin em Òyó , que será instalado sem executar todos os ritos de coroação dentro do Templo de Kòso.

Mogbà Kòso desempenha um papel crucial na sucessão real, uma vez que ele é o guardião do antigo santuário de Sàngó Kòso e da coroa ancestral de Sàngó (2), sendo responsável pela coroação do novo rei.

Baálè o chefe de todos os Adósù Sàngó e qualquer Elégún Sàngó é a personificação viva de Sàngó, simbolizando a imortalidade espiritual.

FONTE : Mogbà Kòso – Oyedemi Oyetunji,Koso
Elegun Sango Kos-Sangodele Ibuowo, Koso
Devotos de Sango em Oyo.

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