LOROGUN, LÓROGÚN OU OLOROGUM É UMA CERIMÔNIA RITUAL QUE ACONTECE COINCIDENTEMENTE NO PERÍODO DA QUARESMA - TVR USM

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LOROGUN, LÓROGÚN OU OLOROGUM É UMA CERIMÔNIA RITUAL QUE ACONTECE COINCIDENTEMENTE NO PERÍODO DA QUARESMA


Lorogun, lórogún ou Olorogum é uma cerimônia ritual que acontece coincidentemente no período da quaresma católica, logo depois do carnaval, paralisando a maioria das atividades nos terreiros de candomblé, estimulando seus crentes e adeptos ao descanso coletivo, marcando o final do ano litúrgico. Neste ritual não acontece sacrifício animal, embora seja oferecida comida ritual não só aos Deuses, mas à todos os participante, servido diretamente por todos os orixás do terreiro, extraordinariamente vestidos com roupas estampadas, menos os orixás funfuns que sempre estão com os seus vestes brancos. 

A comida é comportada em duas capangas à tira colo e distribuída a todos os presentes, depois estas capangas são penduradas na árvore sagrada do terreiro. Em seguida, todos os orixás saem com um ichã devidamente enrolado com tecidos ou papéis e começam simbolicamente uma luta, parecido com maculelê, este mesmo objeto é levado e depositado aos pés da árvore sagrada do terreiro. Neste momento todos os orixás seguram nas mãos uma quantidade de folhas sagradas, que são passada no corpo de todos os presentes, inclusive uns aos outros, formando um verdadeiro alarido, dando uma impressão de briga,
 "guerra" que é interrompida com a manifestação de oxalá, imediatamente tudo volta a calmaria e todos dançam sob um grande alá (pano branco), os cânticos sagrado deste orixá da paz. 

Após a finalização da cerimônia, a casa de candomblé interrompe todas as suas atividades religiosas no período de sete a 32 dias e os Orixás não manifestam em seus filhos até o dia da abertura do terreiro, sendo retomadas justamente no sábado de aleluia (primeiro sábado da lua cheia), onde começa o início do ano litúrgico (Ano Novo) para o povo do santo. Geralmente a abertura do terreiro acontece as dez horas da manhã, iniciando-se o ritual do Padê e da retirada do “Ajé”, (retirada das energias negativas que por ventura estejam instalados nos adeptos), dando prosseguimento ao “Oro Ejé” (Segredo dos Sangues), que na realidade são três sangues distintos de origem animal, vegetal e mineral para os orixás Ogun e Exu, os guardiões dos templos, dos caminhos e movimentos do humano.

Muito Axé Hoje e Sempre.



FONTE : Baba Lokanfu, Toluaye.

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