RJ – IMPÉRIO DA TIJUCA ENFRENTA PRINCÍPIO DE INCÊNDIO, TEM PROBLEMAS NA EVOLUÇÃO E RAINHA SEM FANTASIA
Quarta colocada no carnaval do ano passado, a Império da Tijuca, foi a segunda escola da noite de sexta-feira de carnaval, 09/02/2024.
O presidente Antônio Marcos Telles, o famoso Tê, trouxe para avenida o enredo “Sou Lia de Itamaracá cirandando a vida na beira do mar” para disputar o título e a única vaga de acesso para o Grupo Especial.
Mas nem tudo foi alegria. A agremiação do Morro da Formiga enfrentou dificuldades, muitas. Um princípio de incêndio no último carro, problemas na evolução e no canto. Esse contexto, comprometeu a apresentação.
Segundo um componente, um elemento de crepom bateu em uma lâmpada causando fogo e fumaça. Bombeiros chegaram a subir na alegoria. Pelo menos uma componente teve de ser retirada por colegas com queimaduras na perna.
Além disso, a Rainha de Bateria Laynara Telles teve que entrar descalça na Sapucaí. É que a roupa da majestade não chegou a tempo e o desespero deu lugar ao choro na concentração.
“Império da Tijuca, no início do desfile, apresentou a parte musical um pouco comprometida com o equilíbrio e afinação em relação a sonoridade, sincronia, entrosamento entre ritmo e melodia. O canto não soa harmonioso durante o desfile, ainda assim, os componentes demonstram comprometimento em relação ao canto segurando a evolução do chão com garra e regularidade na dança. Destaco nessa apresentação o desempenho dos componentes que mantiveram o canto e a dança durante o desfile com alegria e descontração”.
“Grande desfile da bateria da Império da Tijuca, confirmando a evolução do segmento após alguns anos de comando de Mestre Jordan. Iniciaram o desfile com um andamento bem quente, mas ao entrar na pista, já haviam encontrado o ponto ideal. Jordan trouxe um arranjo rítmico muito bem encaixado no samba-enredo, com diversas brincadeiras entre as marcações, destacando a subida, onde os surdos silenciam por dois compassos antes da retomada. Destaque para a utilização de crescimento da dinâmica em uma das bossas e em uma frase da boa ala de tamborins”.
“Com um samba no pé dinâmico e com uma certa leveza, a ala de passistas da Império da Tijuca mostrou simpatia, uma boa interação com o público e uma pluralidade no conjunto de passistas. Uma ala jovem, bonita e encorpada. Com uma evolução harmoniosa, a ala mostra confiança e atenção a apresentação proposta pelo coordenador. Bom trabalho”.
“Renan Oliveira e Laís Lúcia – o primeiro casal – com a tranquilidade que a experiência lhes confere, desfilaram com garbo e alegria, apresentando os movimentos característicos do bailado demonstrando um ótimo sincronismo e muita sintonia! O mestre-sala dançou para louvar o pavilhão e sua dama, realizando um bonito CRUZADO e reverências elegantes. Em acordo com a letra do samba, eles executaram passos e gestos que acrescidos aos movimentos do bailado, trouxeram uma atualização que enriqueceu a APRESENTAÇÃO DA BANDEIRA. A porta-bandeira, sestrosa e faceira, exibiu giros, no ABANO, com segurança! Fábio Rodrigues e Mônica Paulino, o segundo casal, bailando com total sintonia, evoluiu demonstrando perfeito sincronismo dos movimentos que, coordenados e naturais, permitiram a execução de passos e gestos em acordo com a letra do samba, sem descaracterizar o bailado! Gostei de apreciar a passagem dos casais da escola”.
“Celebrando a Rainha da Ciranda: Lia de Itamaraca, a Império da Tijuca trouxe um enredo contando sua história desde menina até se tornar esse ícone da cultura nacional. Esse ano, Lia está sendo homenageada nos carnavais do Rio e de São Paulo. O enredo foi bem apresentado, seguindo um caminho que mostrava desde sua infância e suas raízes, as influências religiosas e musicais, terminando num grande Carnaval pernambucano. Visualmente bonito no conjunto de suas alegorias e fantasias não apresentando nada comprometedor. No enredo foi sentida a falta do grupo cênico coreografado denominado: devotos de Bom Jesus. A tradicional escola tijucana vem sonhando com vôos mais altos, não sei se esse enredo trará o podium desejado. Agora, é aguardar a abertura dos envelopes”.
“Revivendo a vida e a infância de Maria Madalena Correia do Nascimento, o coreógrafo destacou a energia, cultura e religiosidade da homenageada. Com uma coreografia de fácil compreensão e figurinos objetivos, a comissão apresentou um bom trabalho, limpo, suave e dinâmico. Com uma linha de desenho coreográfico baseado desde a infância até os dias de hoje o coreógrafo trouxe para a avenida um elemento cenográfico que compôs tal transição. As bailarinas apresentaram um trabalho leve e de fácil compreensão do público. Trabalho singelo e de bom gosto”.
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